Jesus
priorizou o discipulado na Sua vida aqui na terra. Antes de escolher os seus
discípulos Ele orou a noite toda (Lucas 6:12-13), e uma grande parte do seu
tempo foi ocupado investindo na vida destes discípulos. Como Ele viajava horas
e horas a pé, é bem provável, que enquanto estava caminhando com os discípulos naquelas estradas
construídas pelo Império Romano, Ele aproveitava bem o tempo discipulando. Quem
já caminhou por muitas horas sabe que é difícil andar e falar com muitas
pessoas ao mesmo tempo. Cremos que Jesus discipulava muito: 1) um a um; e 2) em
grupo.
O Dr. Carl Horton tem seu doutorado em “Crescimento de
Igreja” e tem nos relatado os resultados surpreendentes de uma pesquisa
realizada entre um grande número de líderes cristãos. Segundo esta pesquisa:
PRIMEIRO - 0% dos líderes foram
produzidos pelo púlpito em reuniões públicas de ensino ou pregação.
SEGUNDO - 0% dos líderes
foram produzidos em classes estruturadas (escola dominical)
TERCEIRO - 10% dos líderes foram gerados
no discipulado em grupos pequenos.
QUARTO - 90% dos líderes foram gerados
através do discipulado um a um.
Na nossa
própria experiência, também temos visto que é muito bom discipular em grupos,
mas nunca em substituição ao discipulado um a um. Vez após vez, temos
comprovado a eficácia do discipulado um a um. Sem dúvida, isto possibilita que
o discipulado seja mais profundo, intenso, e específico. No discipulado um a
um, o discípulo sentirá mais liberdade para “se abrir” totalmente, e o
discipulador sentirá mais liberdade de cavar profundamente sem constranger este
discípulo na frente dos outros discípulos, como provavelmente poderia acontecer
no discipulado em grupo.
É claro, que
para haver este tipo de discipulado os dois (discípulo e discipulador) devem
ser do mesmo sexo. Também, alguém não pode estar discipulando outra pessoa se
ele primeiramente não tiver discipulador. O discipulador tem compromisso total
de não falar nada para pessoa alguma daquilo que o discípulo confidenciou a não
ser que obtenha primeiramente sua permissão.
Este discipulado deve acontecer no contexto
da Célula, ou seja, o discipulador deve participar da mesma Célula do
discípulo. Normalmente o líder vai discipular o auxiliar principal e mais dois
auxiliares da Célula. Estes três auxiliares por sua vez vão discipular os
outros integrantes da Célula. O líder é discipulado pelo supervisor de setor, o
supervisor de setor pelo supervisor de área, e assim por diante.
Às vezes,
acontece que um irmão mais antigo na fé de repente se encontra debaixo da
cobertura espiritual (na hierarquia da Célula) de alguém bem menos experimentado,
ou que até conhece menos da Palavra de Deus. E aí? Normalmente a vontade de
Deus é que este irmão (que é mais experimentado, etc.) se humilhe debaixo da
soberania de Deus e seja discipulado pelo irmão menos experiente. Deus vai usar
estes momentos para tratar profundamente com o ego de todos os dois, e
ajudá-los a crescerem ainda mais.
Lembre-se: Discipulador não é discípulo que escolhe, é
Deus! Em outras palavras, você não tem o “direito” de escolher o seu
discipulador. Você tem que humildemente esperar no Senhor e submeter-se a
decisão d’Ele. Seja quem for o discipulador que Deus colocar sobre você, é sua
responsabilidade de submeter-se alegremente, ser transparente, e humildemente
receber ajuda.
Alguém poderia
questionar e dizer:
“E se meu discipulador provar que não é de confiança ou abusar da
autoridade?”. Aí, humildemente você deve confrontá-lo sobre isso e se ele não
aceitar e se corrigir, você deve levar o assunto ao discipulador dele.
Lembre-se, ele também tem discipulador e ninguém pode abusar da autoridade a
ele conferida. Se a situação ainda não mudar você vai para o líder do líder e
assim por diante.
O importante é
lembrar que nada serve de desculpa para você não se submeter alegremente ao
discipulador que Deus na Sua soberania colocou sobre você. A única exceção
seria se ele falasse algo para você que claramente é diferente do que diz a Bíblia Sagrada ou os líderes
sobre ele.
Lembre-se que
o discipulado nunca deve ser manipulativo. O verdadeiro discipulado é para
ajudar o discípulo a crescer. Nada forçado dá certo. Se o seu discipulador está
manipulando ou forçando, abra o jogo com ele, e se ele não mudar, fale com a
liderança dele.
Porque todo
discipulador tem uma cobertura (líderes e discipulador sobre ele também), nunca
podemos usar quaisquer desculpas para não se abrir e receber ajuda do nosso
discipulador.
Lembre-se: O seu discipulador foi escolhido por Deus para
ajudar você!!! Discipulado é proteção. Discipulado é crescimento. Seja
transparente com o seu discipulador. Você ficará maravilhado como Deus vai usar
seu discipulador para ajudá-lo a vencer o pecado, crescer espiritualmente, ser
um ganhador de almas, e ser também um bom discipulador. “confessai os vossos
pecados uns aos outros e orai uns pelos outros para serdes curados” Tiago 5:16.
Uma vez que
você está sendo discipulado, é importante começar a orar e pedir a Deus acerca
de quem você deverá discipular. Quando você ganha alguém para Jesus, você tem
que garantir que aquela pessoa seja bem discipulada. Normalmente, é você quem
deve discipular aquele novo convertido.
Jesus ordenou
que fizéssemos discípulos (Mateus 28:18-20). No nosso modelo, traduzimos isto
em um mínimo de três. Cremos que todo cristão deve ter um discipulador e no mínimo três
discípulos. Se você é recém-convertido (1 a 3 meses), podemos compreender que ainda não
tenha discípulos. Mas comece a orar e buscar a Deus sobre esta área. Comece a
evangelizar seus amigos, colegas de trabalho e de aula, vizinhos, parentes,
etc. Ore muito pela conversão de toda a sua família. A Bíblia garante que
através da fé você pode ganhar toda a sua família para Jesus. Na medida que
você vai ganhando pessoas para Jesus logo você terá seus três discípulos ou até
mais.
Antes, não
contávamos os discipulados que aconteciam nas Células. Deus nos mostrou que
mesmo ensinando que o discipulado era importante, muitos precisavam de mais
ensino e motivação.
Jesus, antes
ascender aos céus, nos deixou a Grande Comissão: “Ide, portanto, fazei
discípulos...” (Mt. 28:19). Isto tem que ser priorizado, pois, sem dúvida, é de
máxima importância. Na medida que meditávamos na centralidade do discipulado,
Deus nos revelou que o discipulado um a um é o coração da Célula. Este relacionamento do discipulador com seu
discípulo (total de duas pessoas) chamamos de uma micro-célula. Sendo, também,
que a ênfase central da Visão do Modelo
do Discipulado Apostólico é o discipulado um a um , vimos que seria ideal usarmos
a mesma sigla para identificar esta micro-célula.
Então como
visão da Igreja Local temos:
M.D.A.: Modelo de Discipulado Apostólico.
E como o nome da micro-célula
de discipulado, também, temos:
M.D.A.: Micro-célula de Discipulado Apostólico.
O discipulado
na micro-célula, então, é feito um a um. Existem raras exceções em que um
discipulador discipula um casal (um a dois) ou um casal de discipuladores
discipulam uma só pessoa (dois a um). É importante observar que este tipo de
discipulado deve normalmente ser transformado em um discipulado um a um o mais
rápido possível. Você poderá notar então que a micro-célula tem o total de duas
pessoas: Discipulador e Discípulo. Em
casos raros o M.D.A tem o total de três pessoas. Cremos que o M.D.A. é a menor
representação da Igreja: a micro-célula
do Corpo de Cristo, “onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome...”
(Mateus 18:20). É interessante notar que o contexto desta passagem se refere à
Igreja Local.
Já que o discipulado um a
um é chamado de um “M.D.A.”, contamos os M.D.A.s das Células. Esse
procedimento, também tem sido uma forma de reconhecer e honrar quem está
fazendo discípulos. Ao motivar todo cristão a ter pelo menos três discípulos
estamos priorizando aquilo que Deus prioriza: “Fazer discípulos!!!”. Sem dúvida, alguns irmãos que têm mais tempo
podem investir a sua vida em muito mais do que três pessoas. . Temos ensinado que o mínimo é M.D.A.3
(três discípulos), e o máximo é M.D.A.12
(doze discípulos). O importante é que todos estejam debaixo da cobertura
de um discipulador, e que todos estejam fazendo discípulos, porque, como já foi
enfatizado, o discipulado é o coração da Célula. Em outras palavras: o
M.D.A. é o coração da Célula.
A Visão do M.D.A. pede que cada
cristão esteja inserido onde está a figura daquela pessoa no gráfico abaixo:
Na Visão do M.D.A. cada
cristão deve estar sendo e fazendo discípulos, participar de uma Célula,
abraçar a visão da Igreja Local, buscar a Unidade da Igreja Mundial e colocar
em primeiro lugar o reino de Deus.
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